Professora Cristiane Mezzaroba e alunos de Direito em visita a sede da Superintendência Regional de Polícia Federal no Tocantins em Palmas (Fotos: Arquivo Pessoal)
Alunos do 5º período de Direito/Câmpus Paraíso da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) tiveram a oportunidade de visitar a Superintendência Regional de Polícia Federal no Tocantins (PF/TO), em Palmas, na quarta-feira, 4. A visita técnica concentrou-se no Setor Técnico Científico (Setec) da instituição, responsável pelas perícias forenses e pelo Grupo de Identificação Papiloscópica (GID). A ação foi idealizada pela professora Cristiane Dorst Mezzaroba, que ministra a disciplina “Direito Penal III”.
A visita faz parte das ações previstas no Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Superintendência Regional da Polícia Federal no Tocantins e a Unitins, com o objetivo de estreitar laços e aproximar a comunidade acadêmica da atuação da Polícia Federal, ressaltando seu papel como polícia cidadã. Na ocasião, os estudantes tiveram a oportunidade de conhecer os setores de perícia documental, química, cibernética e papiloscópica.
Formação Jurídica
Para a professora Cristiane Mezzaroba, compreender a perícia forense e a cadeia de custódia é crucial para bacharéis em Direito, especialmente aqueles focados em Direito Penal. Ela explicou que o aprofundamento desse conhecimento permite que os futuros profissionais elaborem quesitos técnicos mais precisos, construam teses defensivas robustas e identifiquem irregularidades na coleta, custódia e preservação de provas.
"A capacidade crítica não só aprimora a atuação profissional, mas também é determinante para a integridade do processo judicial, influenciando diretamente o resultado de casos e podendo ser a diferença entre uma condenação e uma absolvição. É ao dominar as nuances da perícia forense e da cadeia de custódia, que o profissional do Direito se torna mais apto a atuar de forma técnica e estratégica. Essa expertise garante que as provas sejam analisadas sob a ótica da legalidade, confiabilidade e imparcialidade, contribuindo significativamente para a efetivação da Justiça e a proteção dos direitos individuais. É esse domínio que consolida um olhar crítico e altamente qualificado sobre a prática forense no contexto jurídico", concluiu.
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Parceria com a academia
O diretor do Setor Técnico Científico da PF/TO, Carlos Antônio Almeida de Oliveira, destacou a importância da visita, categorizando-a como crucial por três motivos: "em primeiro lugar, a iniciativa busca despertar o interesse dos futuros operadores do Direito nas ciências forenses, para que utilizem essas ferramentas para enriquecer a produção de provas. Em segundo lugar, a visita também cumpre o princípio da publicidade na administração pública, tornando os métodos e instrumentos da Polícia Federal mais acessíveis e transparentes à comunidade acadêmica. E por fim, a ação é também um reconhecimento ao profissionalismo e dedicação da professora Cristiane em oferecer a melhor formação possível aos seus alunos”, arrematou.
De acordo com o delegado regional executivo da PF/TO, Max Ribeiro, "a Polícia Federal do Tocantins teve satisfação em receber os acadêmicos de Direito, acompanhados pela docente Cristiane, em mais uma visita técnica à nossa instituição. Parabenizamos a Unitins e ao curso pela iniciativa. Reiteramos que a PF permanece de portas abertas para acolher novos grupos de alunos dessa importante instituição de Ensino Superior. Reforçamos também o compromisso da PF em atuar com base nos preceitos legais, constitucionais e éticos, sempre em defesa da segurança, da liberdade, da Justiça e dos direitos fundamentais dos cidadãos".
Conforme a coordenadora de Direito/Câmpus Paraíso, professora Eduarda Mello, tais iniciativas são fundamentais para proporcionar aos alunos do curso uma formação completa, conectando teoria e prática. “O contato direto com a perícia forense amplia a compreensão sobre a produção da prova pericial e sua importância no processo penal. Além disso, reforça o papel interdisciplinar do Direito e aproxima os estudantes das instituições que compõem o sistema de justiça”, concluiu.
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