Palestra abordou potencial do Tocantins para a produção de peixes (Fotos: Nonato Silva/Dicom Unitins)
Foi realizada nesta terça-feira, 10, na Agrotins, a oficina “Piscicultura – Produção Sustentável de Peixes no Tocantins”, ministrada pelo consultor em piscicultura Alan Emílio Trindade, e contou com mediação da professora Kétuly Ataides, coordenadora de tecnologia do Complexo de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins). A oficina foi ofertada dentro da programação da Semana Acadêmica do curso de Engenharia Agronômica do Câmpus Palmas, que tem como tema "Sustentabilidade e Desenvolvimento Rural no Tocantins: uma perspectiva agronômica".
Alan destacou em sua explanação que a piscicultura se apresenta como uma atividade em franco crescimento no Tocantins. O Estado, segundo ele, tende a despontar em pouco tempo entre os três maiores produtores de pescado do Pais, em função das boas condições que oferece, como água, clima, incentivo governamental, logística, tendo inclusive atraído profissionais de fora, para suprir a demanda de mão de obra qualificada.
“O que precisa para se produzir peixe? Água, clima, ração, logística, então o Tocantins tem tudo isso. E as políticas públicas atualmente no Tocantins, são as melhores do Brasil. O Estado já entrou no foco de várias multinacionais, é uma questão de tempo e estimo, que, no máximo em cinco anos, o Tocantins vai dar um salto muito grande na produção de peixe”, defende o consultor, chamando atenção dos estudantes para as oportunidades profissionais que estão surgindo com o crescimento da atividade no Estado.
Alan abordou aspectos importantes que devem ser observados para alcançar sucesso no desenvolvimento da atividade. “A piscicultura como qualquer atividade produtiva requer técnicas para alcançar o máximo de resultado e isso vem através do conhecimento. A aquicultura é uma atividade multidisciplinar, onde atuam profissionais de várias áreas, a demanda é eminente e a gente precisa de mão de obra qualificada para atender o mercado”, ressalta, enfatizando que as boas práticas vêm desde o planejamento passando pela seleção de área, avaliação técnica e econômica, bem como manejo correto com acompanhamento técnico permanente.
Acadêmicos fizeram testes para avaliação dos parâmetros da qualidade de agua
Após a palestra, os acadêmicos colocaram a mão na massa. Realizaram testes para avaliação dos parâmetros da qualidade de água, essencial para a criação de peixe. “Tivemos um momento de prática com os alunos, a gente prioriza este momento porque depois da teoria os estudantes podem aplicar na prática e fixar de forma mais didática o conteúdo ministrado. Na oportunidade, eles aprenderam sobre os parâmetros de qualidade da água e entender qual o impacto disse na piscicultura”, destacou Kétuly Ataides, que considerou o momento bastante produtivo.
Para a estudante Calinda Gomes Pereira, do 7º período de Engenharia Agronômica, “foi um privilégio ajudar a planejar uma atividade que trouxe profissionais com vasto conhecimento sobre a temática que agrega muito na nossa construção profissional e a piscicultura a gente percebe que no Tocantins tem um potencial muito grande”, aponta a acadêmica, que elogia a disciplina de piscicultura que contribui para formar profissionais habilitados para atender as demandas do mercado.
O estudante Felipe Leda da Silva, do 9º período de Engenharia Agronômica, destaca que o que mais o chamou atenção foi o recado aos produtores, que não é só abrir um buraco em algum lugar que você vai ter peixe e vai conseguir produzir de forma lucrativa. Como em toda atividade, o manejo é fundamental. Ele lembra que “para a gente trabalhar com piscicultura, precisa cursar a disciplina de piscicultura e é interessante porque como está crescendo, não só no Estado, mas no Brasil inteiro, aumenta muito a necessidade de profissional qualificado, como o consultor que palestrou para nós, hoje”, pontuou.
Grupo de acadêmicos com palestrantes após realização de oficina